domingo, 1 de março de 2009

Achados do fundo da alma

O que o tempo corrói em estranha verdade,
não é, senão, marca natural;
É vida corrente, é caminho sem igual,
que se acaba um dia, num precipício...
A rosa murcha, a chuva cai;
Se perde família, mãe e pai;
A pegada some, o vento apaga;
O jeito que acaba, diverge do início...
O sorrir nunca é o mesmo, diferente a cada instante,
num momento ele é folgoso, noutro é tão lastimante;
Os olhos não brilham igual, menos, mais ou se apagam,
os dedos, os toques te marcam, e como sinais na areia somem...
Mas o mundo surpreende, não se muda igual;
Num dia é arte bela, noutro arte fatal;
Não confies no correr, no desvirtuar dos dóceis,
pois pra surpresa das pegadas que somem, o mundo lhe dá fósseis!
Matheus Santos Rodrigues Silva

1 Comment:

Lays Rodrigues said...

Muito bonito! ;D